O Meu Samba em Oração começa pedindo licença e bebe na fonte do samba de raiz
por Alisson Mota
Demorou, mas rolou. A Samba do Arnesto, uma das bandas mais ativas do nosso cenário independente, enfim entrou em estúdio. O Meu Samba em Oração chega pedindo licença, sendo o single de estreia oficial da banda. De fato já haviam materiais inéditos devidamente registrados e distribuídos, mas foram frutos de shows, com um repertório majoritamente composto por terceiros.
Composição de Roque Sousa e Rafael Oliva, com letra do escritor e poeta sergipano Luiz Eduardo Oliva, a canção mostra um diálogo entre avó e neto, evidenciando o contato entre o samba e a espiritualidade.
Um dos pontos altos do single é o arranjos de cordas, que dá todo o tom da canção, de forma sutil. Essa característica se explica pela contribuição do violonista e arranjador Ricardo Vieira, que assina a produção musical e a mixagem.
Acredito que o registro de estúdio é a hora do vamo ver, onde a banda vai costurar as ideias, esmerar tudo e deixar tudo bastante claro aos ouvidos. Estúdio é razão, o ao vivo é emoção.
Neste primeiro registro, os meninos da Arnesto começam a construir sua estrada de fato, com suas influências e ideias, longe do calor e da malemolência inerente aos palcos. Vamo ver o que vai prevalecer no final: a calmaria da oração ou o suor da lascividade. Cenas dos próximos capítulos...
Ficha Técnica
Violão de 7 cordas - Ricardo Vieira
Baixo - Roque Sousa
Cavaco - Luquinhas
Percussões - Pedrinho Mendonca, Roque Sousa, Luquinhas e João Alberto D'Lins
Trombone - Maestro Moisés
Voz - Rafael Oliva
Coro - Roque Sousa, Luquinhas, João Alberto e Rebeca Vieira
Captação: Estúdio Arapuca
Mix: Ricardo Vieira
Master - Andre Frazon
Ficha técnica da capa
Direção de Arte: Rafael Oliva e Gabriel Barretto
Foto, Tratamento e Diagramação: Gabriel Barretto
Cenografia: Marilia Bueno e Debora Costa
Produção: Arnesto Produções, Vania de Jesus e Jessika Lieko