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#04 | Mamutes - EletroKarma (2011)

Atualizado: 16 de ago. de 2020

Luno Torres indica o álbum de 2011 de uma das bandas de rock mais legais e insanas que já tocaram nos palcos da terrinha


por Alisson Mota


O Clássico da Semana volta esta semana com Luno Torres (Luno, Plástico Lunar, Madame Javali, A Banda dos Corações Partidos). O bass hero da terra Serigy escolheu, com muito carinho, diga-se de passagem, o álbum de 2011 da Mamutes, o EletroKarma.


"Quando eu era guri, fui cair de morar no mesmo condomínio de Karl Star, que viria a ser o vocalista da Mamutes anos depois. Ficamos amigos e eu já acompanhava seus trabalhos no underground sergipano desde os anos 90, como a Pupilas de Quartzo e a Zaratustra", relembra Luno.



Sobre o álbum, o baixista não economiza nos elogios: "O EletroKarma é um registro sincero, resultado de toda uma cultura rock'n roll que foi vivenciada, de forma intensa, durante período de existência da Mamute’s House. É uma obra muito bem construída e produzida de forma genial por Rick Maia, guitarrista de criatividade ímpar. O disco tem uma cozinha casadíssima com as baterias do experiente Marcos Odara e a pegada firme nos baixos de Thiago Sandes. Tudo isso orquestrado pelos vocais nervosos de Karl Star. Um prato cheio para quem curte rock."



O álbum ainda conta com a participação de Leo Airplane, que tocou teclado e fez a mixagem e quem assina a arte da capa é Thiago Neumann. "Fórmula perfeita para uma obra-prima da música sergipana", crava o baixista.



Luno também afirma que tem o rock’n roll como referência musical primeira (no surprises) e que vê o EletroKarma como uma aula de rock. "Ver um disco desse sendo produzido dentro da sua cidade termina te influenciando e você leva um pouco dessa energia para o seu trabalho. A criatividade dos arranjos e a pegada do disco, principalmente, foram coisas que me inspiraram bastante".


Parceria Mamutes-Plástico Lunar


Luno tocava na Plástico Lunar, que era uma banda parceira da Mamutes. "Vivenciamos muitas experiências ao som do EletroKarma na época. Não tem como falar desse disco sem citar a lendária Mamute’s House, espaço que cumpriu um papel importante para cena cultural naquele momento".


A casa era a residência da banda e foi ponto de encontro de vários artistas da cidade e de fora do estado. Lá rolavam vários eventos e serviu um tempo como ponto de apoio do Virote Coletivo, um coletivo formado para promover o intercâmbio de bandas pelo circuito Fora do Eixo. "Foi uma época muito louca, divertida e produtiva", completa o músico.


Se fosse pra escolher uma canção do disco... seria Os Olhos da Cobra. "Gosto muito do riff dobrando a guitarra com o baixo, além do texto da composição, que acho uma das melhores do álbum. Vale dar destaque também para a música de entrada. O disco já começa com a faixa A Dama de Branco, que ganhou um videoclipe bem ao estilo Cine Trash, mostrando a banda tocando dentro da Mamute’s House", finaliza Luno.



 


Ficha Técnica


Karl Star voz

Rick Maia guitarra, backing vocals

Thiago Sandes baixo

Tony Karpa bateria, backing vocals


Mixagem e masterização

Leo Airplane

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