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Fornada #06

Uma seleção de lançamentos recentes do Brasil e da gringa


por Alisson Mota



Marcelo Callado - Saída (álbum)

Gravado inteiramente no período de isolamento, o novo álbum do baterista Marcelo Callado reafirma, como apresentado no release, "uma intenção que, em conversas informais entre amigos, costumamos chamar de foda-se". E na prática ele acaba soando complexamente descomplicado. Deu chabu na cabeça? Vai ouvir...


 

Bule - Baby (single)

Em seu segundo single após o álbum Cabe Mais Ainda, os pernambucanos apresentam uma baladinha melooooosa, mas psicodélica e envolvente na mesma medida. Pra dançar com o lenço na mão.


 

Varandão - Ar (single)

A boyband mais legal do Brasil lançou novo single, agora com arranjos mais orgânicos e cheios do groove funkeado. Ar já fazia parte do repertório ao vivo da banda e agora ganhou ainda mais peso depois de gravada. Banda pra ficar de olho!


 

Itamar Assumpção - Beleleu Via Embratel (single)

Beleleu Via Embratel é uma pérola de Itamar que ainda não havia sido lançada. Mas eis que Anelis, sua filha, resgatou uma gravação da música feita na Alemanha em 1991 e incluir vocais de Liniker. O resultado é mais uma pérola da discografia do Nego Dito.


 

WRY - Noites Infinitas (álbum)

O mais recente álbum dos sorocabanos herois do shoegaze nacional não poderia retratar outro tema, que não o mundo doido que a gente tá vivendo. Ansiedade, Tumulto, Barulho e Confusão são abordados ao longo das 10 faixas de produção caprichosa permeadas por flertes com timbres eletrônicos. Mas guitarra continua mandando.



 

Zé Manoel - Do Meu Coração Nu (álbum)

Simples, sublime e por vezes descontraído, o novo álbum do pianista pernambucano engrossa o caldo do que pode ser uma nova vanguarda baseada na linguagem do jazz em Pernambuco. Junto a Rasif, de Amaro Freitas, Do Meu Coração Nu significa uma mudança de paradigma.



 

John Frusciante - Maya (álbum)

O mais recente da consistente discografia de John Frusciante talvez encaixasse melhor no seu projeto de música eletrônica, o Trickfinger. Acontece que Maya é o nome da sua gata, que faleceu após 15 anos. O resultado, contudo, é um jungle metálico, adaptando o breakbeat, na sua face hardcore, pros dias de hoje.



 

Gorillaz - Song Machine, Season One: Strange Timez (álbum)

Esse álbum é uma doidera... e já o é somente por serem 17 músicas em parcerias que mudam a cada faixa, incluindo gente do quilate de Elton John, Tony Allen, Peter Hook e Robert Smith. A simbiose que resulta em cada faixa varia a cada caso, daí é interessante observar como a coesão do caos. Falou Gorillaz, falou vanguarda.



 

David Bowie - Metrobolist (álbum)

O lançamento póstumo nada mais é do que um relançamento especial de 50 anos do álbum The Man Who Sold The World. A diferença é que ele foi todo remixado pelo produtor do disco, Tony Visconti. Metrobolist era o nome original do disco, que tinha outro projeto gráfico, outra capa... e convenhamos, ainda bem que mudaram tudo. Mas vale como documento histórico, coisa de fanboy.



 

Tantão e os Fita - Piorou (álbum)

Paranoico, caótico, industrial, surreal, mas extremamente empático (de um jeitinho bem próprio), o terceiro álbum de Tantão e os Fita só saiu pelo Bandcamp e reforça o caminho de Drama, o álbum anterior: um experimentalismo sem amarras, juntando beat de tudo que é canto pra condensar um som quase memístico, que Não Tem no Brasil™. E foda-se a Ku Klux Klan!



 

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