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Tori - Ignatia, (2019)

  • Acorde
  • 26 de set. de 2019
  • 1 min de leitura

por Vinícius Oliveira Rocha

publicado originalmente no Culture Mix


Três anos se passaram desde que Tori (ou Vitória Nogueira) despontou no cenário alternativo aracajuano com seu EP de estreia Akoya. A neo-psicodelia infundida de doses de dream pop, shoegaze e folk mostravam que a artista tinha muito a dizer mesmo com sua tenra de idade (e três anos depois ela ainda é extraordinariamente jovem para tamanho talento).

Pula para 2019. Ignatia veio ao mundo, e só reitera o talento de Tori em criar paisagens tanto cósmicas quanto intimistas. Da vírgula que sucede o título do álbum para os vocais que explicam o conceito do ponto em Sobre o Ponto, há uma ideia de continuidade e recomeço que percorre os (curtos) 27 minutos do disco.

Amparada por Júlia Rocha nos teclados, Beatriz Linhares no baixo, Ricardo Ramos na guitarra e Alexandre Damasceno na bateria, Tori faz uma obra fluida, quase como se contando uma única história - e seus versos existencialistas e sentimentais, embora esparsos durante este álbum predominantemente instrumental, são a prova disso. O álbum começa curiosamente contido, como se segurasse em seus devaneios e ponderações, mas é na tríade Sobre o Ponto / . / Cosmonauta Gagarin Decidiu Não Voltar que ele exibe sua verdadeira força e face.

Em seu primoroso disco, Tori se reafirma como um dos melhores e principais nomes da cena musical aracajuana, mostrando que a boa produção alternativa nacional definitivamente não está limitada ao Sul-Sudeste.


Ouça Ignatia,


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