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Luno - Valerie (Single, 2019)

por Alisson Mota


Mesclando o rock setentista com mantras, uma pitadinha de bolero e toneladas de psicodelia, Luno entrega Valerie, primeiro single do seu disco, Homo Pacificus.


Há um mês, Luno lançou single, clipe e fez um show bem trabalhado, com projeções e várias participações especiais.

Valerie ajuda a dar uma dimensão do disco que vem por aí, baseado no rock setentista de Mutantes e, por que não, da Plástico Lunar, que não é setentista, mas é uma banda das quais Luno foi cofundador. O uso dos sintetizadores e de distorções no baixo me remeteram imediatamente ao Tame Impala pré-Innerspeaker (2010), ajudando a colocar o som do projeto na prateleira do que se convencionou chamar – por necessidade do mercado – de neopsicodelia.

 

As influências psicodélicas, contudo, não se limitam ao rock. A música tem uma melodia que soa como um mantra, impressão potencializada pela performance vocal de Luno, cantando quase que num sussurro.  O piano – que no decorrer da música é trocado pelo sintetizador e vice-versa – ajuda a criar o ambiente da canção, confessional, quase boleresco. 


Parecendo estar num processo de amadurecimento, Luno canta a reconstrução, buscando de alguma forma juntar os cacos para poder seguir em frente. O clipe - chapadíssimo - mostra a desconstrução e a reconstrução na prática. A passagem “Fragmentos em movimento/ Tentando se agrupar/ Para novamente andar/ Seu eu” aborda justamente essa necessidade de reconstrução, que pode representar também o momento da carreira de Luno, que, depois de 20 anos na estrada, inicia seu trampo solo.



Ouça Valerie


Banda:

Gabriel Perninha - bateria

Léo Airplane - teclado; sintetizador, efeitos e voz;

Luno Torres - baixo e voz


Clipe dirigido e produzido por Gabriel Barretto

Composição: Luno Torres

Mixagem e masterizacão - Léo Airplane

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