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Em três anos, Sergipe acumula três indicações ao Grammy

  • Acorde
  • 27 de set. de 2019
  • 2 min de leitura

por Alisson Mota


Foto: Paola Vianna/Divulgação

Pela primeira vez, Sergipe conta com dois indicados numa mesma edição do Grammy Latino, premiação criada pela Academia Latina de Gravação em 2000, voltada ao mercado musical latino-americano. Até a primeira indicação da The Baggios, em 2017, nenhum artista sergipano havia sido indicado. Neste ano, o sanfoneiro, compositor e cantor Mestrinho também compõe a lista, mostrando a força da música contemporânea feita na terra do cacique Serigy.


The Baggios foi indicada na mesma categoria que em 2017, “Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa”, com o disco Vulcão, de 2018. O trio disputa o prêmio com outros dois representantes do Nordeste: BaianaSystem, com O Futuro Não Demora, e Pitty, com o disco Matriz. Também concorrem na categoria Liniker e os Caramelows, com Goela Abaixo, e o cantor goiano Chal, com o álbum O Céu Sobre a Cabeça.


Já Mestrinho foi indicado na categoria “Melhor Canção em Língua Portuguesa”, com o single Ansiosos Pra Viver, do álbum Grito de Amor, lançado em agosto. Aqui a concorrência também é casca-grossa: acompanham Mestrinho os indicados Tiago Iorc, com a canção Desconstrução, Criolo, com Etérea, Cláudia Brant & Arnaldo Antunes, com Mil e Uma, e Mário Laginha & João Monte, com Sem Palavras.


Ouça Ansiosos pra Viver


A indicação de Vulcão


Julio Andrade, da The Baggios, contou que foi pego de surpresa com a indicação. “A gente tava na estrada, indo pra primeira diária da gravação do clipe de Vulcão, lá em Itabaiana, quando o Felipe Rodarte, do selo [Toca Discos], ligou dando a notícia. E a ficha foi caindo lentamente...”, confessa o músico.


Julio revela que tava até desencanado por causa da primeira indicação, com Brutown. “Eu fiquei naquela né, achando que eles não iriam repetir a indicação. Mas agora ficou claro que eles não seguem essa lógica, que foi um mérito, que ouviram o disco e alguma coisa tocou as pessoas envolvidas na escolha”, completa.


A banda está orgulhosa com o disco e a indicação, por ser um disco que “começou do zero”, buscando e pesquisando novas referências, num processo de grande amadurecimento do grupo. “A gente foi movido pela busca da reinvenção, querendo sempre mostrar um Baggios renovado a cada álbum, abordando novas temáticas, conseguindo experimentar mais”, conta Julico, que identifica hoje a banda mais plural na sonoridade. “Acho que isso vai servir de incentivo para nossa cultura, mostrando como a música nordestina continua forte”, finaliza.


Ouça Vulcão


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