19 de set de 2020
Uma seleção semanal de lançamentos do Brasil e da gringa
por Alisson Mota
A baiana de Campo Formoso mostra em seu primeiro álbum uma visão futurista do sertão. Explorando, obviamente, a sonoridade da região, constroi uma narrativa tem um lugar de fala específico, numa visão que perpassa todas as composições. Tudo isso sem deixar de ser antenada e explicitamente política.
O título do primeiro trabalho solo da cantora potiguar Clara Pinheiro é uma referência direta ao símbolo da sankofa, que faz parte da escrita do povo Akaan. A afirmação da negritude é o principal pilar do EP, que é pop e baseado nos ritmos regionais e ancestrais com uma interface eletrônica.
Sem deixar de lado seu timbre característico, a banda goiana liderada por Salma Jô mostra seu quarto álbum. Num primeira audição, dá pra sacar um estrutura mais antenada, flertes mais concretos com o eletrônico e batidas mais evidentes. Tudo muito sutil.
Synth pop bacaninha, com uma guitarra ali, um violão acolá e uma melodia que gruda na cabeça. O prenúncio do primeiro EP de Daniel Tupy já se mostra certeiro no seu propósito, com uma identidade marcante.
Dois novos singles do Deftones pra avisar que vem álbum novo. Provavelmente minha banda de rock em atividade preferida, hoje soando melhor do que nunca.
(isso aqui tem um quê de 311, né não?)
O primeiro álbum do projeto solo de Chico Leibholz é abstrato e profundo ao mesmo tempo. Começa e termina com peso, mas é introspectivo no seu interior. Os nós vão se desatando a cada música e no fim você tá correndo junto ao som.
Trap do capeta, daí eu já gostei... Quando ouvi então, bateu.
Os ingleses pioneiros do death metal/grindcore lançaram o sucessor de Apex Predator – Easy Meat, de 2015. CHOCRÍVEL, como sempre.
Rafa Dias tá metendo as caras pra valer numa carreira para além do ÀTTØØXXÁ. Já rolaram alguns singles e o projeto solo enfatiza seu trampo de produção musical, mirando o público da gringa.
Misturando referências de soundsystem, trip hop e música latina, a mixtape do cearense Xavier conta com a participação dos sergipanos Allen Alencar e Marcelle, nas faixas Temporal e Jogo de Luz, respectivamente.